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Mostrando postagens de agosto, 2005

O Papel das ONGs no Meio Ambiente

Post no Fórum do curso de Pós Graduação em Educação Ambiental do SENAC maio/2005 Marcos Tanaka Riyis Bom, se formos analisar as ONGs como um todo, elas tiveram uma explosão no final do século XX, decorrente, segundo muitos autores (Porto-Gonçalves, Emir Sader, para citar poucos) da globalização e consequente diminuição do Estado. O chamado Terceiro Setor cresceu muito nesse início de século XXI, na esteira, como disse o colega Inácio, do vácuo criado pelo poder público (temos ONGs assistencialistas, educacionais, organizações de bairro – vale ressaltar aqui a ligação estreita entre algumas dessas e o tráfico no Rio e em São Paulo, por exemplo), em termos de serviços à população. Se por um lado o neoliberalismo “incentiva” a criação dessas ONGs, por outro (talvez essa seja a contradição do neoliberalismo, afinal) essas são as suas principais críticas, haja visto os Fóruns Socias, Fórum da Água, etc). No momento atual do Brasil, agora discordando um pouco do colega Inácio, citado há pouc

Consumo x Meio Ambiente

Artigo escrito para o Programa de Pós Graduação do sENAC-RJ em Educação Ambiental, junho/2005 Marcos Tanaka Riyis Os avanços tecnológicos atuais, umbilicalmente ligados ao capitalismo neoliberal, impulsionam o consumismo. O capitalismo neoliberal se baseia na criação e consequente consumo cada vez maior, baseado em necessidades criadas pelo próprio sistema, não em necessidades “reais” da espécie humana. Os produtos, principalmente depois da Revolução Industrial, são produzidos, em geral, de forma centralizada, diferente dos antigos produtos “artesanais”, produzidos em pequena escala nos locais próximos ao consumo, e sua distribuição e venda implica em custos financeiros e ambientais. De acordo com o texto complementar (Bernardes e Ferreira, 2003) "A produção de um excedente é a condição necessária para que ocorra a troca regular de valores de uso. Com a produção para intercâmbio, o objetivo imediato para a produção passa a ser o valor de troca. Para criar mercadoria é ne

O Crescimento Populacional é o Maior Problema Ambiental?

Artigo escrito para o Programa de Pós-Graduação Em educação Ambiental do SENAC-RJ em julho/2005 Marcos Tanaka Riyis Diversos autores e ambientalistas afirmam que um dos maiores (ou o maior) problema ambiental é o crescimento populacional (KELLER, 1985). Essa tese, denominada “neomalthusiana”, foi reforçada no Clube de Roma, que propunha, como “solução” para os problemas ambientais o crescimento zero, tanto populacional quanto econômico. Além de desconsiderar as diferenças econômicas e sociais da população essa afirmação supervaloriza um fator em detrimento de outros, como o modo de produção e o sistema econômico, e não consegue responder adequadamente a algumas questões, como a do consumo de recursos naturais, produção de resíduos e emissão de gases estufa, todos esses maiores nos países ricos. O elevado crescimento populacional, que teve seu “pico” após a II Grande Guerra, portanto, há mais de 50 anos é, inegavelmente, um problema ambiental. Esse crescimento aumenta a pressão sobre os